1. Participantes:
todas as pessoas do lar, inclusive as crianças.
2. Roteiro da Reunião:
a) leitura, sem comentários, de uma página de um livro (por exemplo, Pão Nosso,
Fonte Viva, entre outros);
b) prece inicial;
c) leitura e comentários de um tópico de O Evangelho segundo o Espiritismo,
estudado de forma sequencial;
d) prece de encerramento.
3. Recomendações:
- o tempo da Reunião deve ser, no máximo, de uma hora;
- evitar a manifestação mediúnica de Espíritos;
- pode-se colocar água para ser beneficiada pelos Protetores Espirituais e,
após, repartida entre os participantes;
- a presença de visita não deve ser motivo para suprimir a Reunião.
Culto Cristão no Lar -
Emmanuel
O culto do Evangelho no lar
não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance
raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para a
praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no
Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de
Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo,
no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às
obrigações que nos competem no tempo. Quando o ensinamento do Mestre vibre
entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem
a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e
dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é
uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas
as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de
luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente
habitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora
devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da
romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário
familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade,
serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a
Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos,
cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos
escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma
revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de
utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.
Fonte:
XAVIER, Francisco Cândido. Luz no Lar. Por diversos Espíritos. 8. ed. Rio de
Janeiro: FEB, 1997. Cap. 1, p. 11-12.